Despoluição do Rio Paraibuna

 

A obra

Ver o Rio Paraibuna livre do esgoto é um sonho antigo de todo juiz-forano. O projeto para despoluí-lo existe há mais de 15 anos, porém, as obras só tiveram início em agosto de 2013. Representando um investimento de R$ 130 milhões, trata-se de uma das maiores obras da história de Juiz de Fora, que irão beneficiar não apenas o nosso rio, como também os córregos da cidade, encaminhando o esgoto, que antes era lançado diretamente em suas águas, para as estações de tratamento.

Em 2022, o município deu um salto no índice de tratamento de esgoto, passando de 7,5% para cerca de 31%. Para os próximos anos, a expectativa é de que essa capacidade de tratamento chegue a 50%.

Mais do que um investimento em saneamento básico, trata-se de um investimento em saúde pública, pois, para cada R$ 1,00 destinado ao saneamento, o país economiza cerca de R$ 4,00 em saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde. A população pode até não ver as redes de esgoto da Cesama, mas, com certeza, poderá verificar seus benefícios.

 

Números do projeto

• Investimento: R$ 130 milhões, sendo R$ 60 milhões de repasse e R$ 70 milhões de financiamento;

• Total de redes: Cerca de 40 quilômetros de extensão;

• Córregos atendidos: Tapera, Matirumbide, Yung, Santa Luzia e São Pedro;

• Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs): Duas novas ETEs: União-Indústria, no Bairro Granjas Bethel (já em operação), e Santa Luzia, no bairro de mesmo nome (cujo projeto está em fase de análise). Também está prevista a ampliação das ETEs Barbosa Lage e ETE Barreira do Triunfo;

• Estações Elevatórias de Esgoto: Serão construídas cinco estações elevatórias, das quais duas já estão concluídas, que têm como objetivo bombear o esgoto coletado pelos terrenos mais íngremes.

 

Tecnologia inovadora

Um dos grandes desafios das obras de despoluição é trabalhar com tubulações de grande porte. Em virtude disso, recortar o asfalto para a implantação das redes se mostrou inviável, uma vez que seria necessário interditar totalmente alguns trechos com grande fluxo de veículos, como a Avenida Brasil, o que geraria muitos transtornos no trânsito local.

Para solucionar este desafio, a Cesama optou por utilizar uma tecnologia inovadora: a escavação de túneis subterrâneos que, além de garantirem a profundidade necessária à rede, reduzem os impactos ambientais de uma escavação a céu aberto em grande profundidade, bem como os transtornos no trânsito da Avenida Brasil.

No local, foram instalados cerca de 1.400 metros de tubulações, no trecho entre a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e o Sport Club, que impedirão que o esgoto caia diretamente no curso-d’água. 

 

Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União-Indústria

A ETE União-Indústria recebe o produto da região central do município, com uma vazão de até 860 litros por segundo, podendo tratar cerca de 65% do esgoto em Juiz de Fora. Orçada em R$ 25 milhões, a ETE União-Indústria iniciou suas atividades em junho de 2020.

 

Coletor Tapera

Um dos maiores cursos-d’água da cidade, o Córrego Tapera também será beneficiado pelas obras de despoluição. A Cesama já implantou 1,7 quilômetros dos quase quatro quilômetros previstos de redes coletoras nas margens do córrego, que passa pelas comunidades de Bom Clima, Bandeirantes, Eldorado e Santa Terezinha. A nova rede coletará os efluentes domésticos que antes eram lançados no cursos-d’água, transportando-os para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União-Indústria, no Bairro Granjas Bethel.

 

Coletor São Pedro

Conhecido como um dos mais extensos da cidade, o Córrego São Pedro também estará livre do esgoto nos próximos anos, graças aos doze quilômetros de redes coletoras que a Cesama irá implantar na região da Cidade Alta, além de bairros como Vale do Ipê e Borboleta. Desse total, 5,2 quilômetros de tubulações já foram alocadas. O volume coletado nas comunidades também será encaminhado pra a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) União-Indústria, no Bairro Granjas Bethel. O Córrego Marilândia, um dos afluentes do São Pedro, também está recebendo 800 metros de redes coletoras nas suas margens e outros 500 nas vias próximas.

 

Coletor Santa Luzia

O novo coletor permitirá ampliar em mais 12% o volume de esgoto tratado na cidade. No Bairro Santa Luzia, serão implantados cerca de 7,8 quilômetros de novas tubulações nas margens esquerda e direita do córrego local. Assim, o esgoto que antes era despejado no curso d’água, será encaminhado para uma futura unidade de tratamento da Cesama, que será construída na comunidade.

 

Estações elevatórias de esgoto no Centro e no Bairro Vila Ideal

Das cinco estações elevatórias de esgoto previstas, a Cesama já finalizou duas: uma no Centro e outra no bairro Vila Ideal, que já estão operando. As unidades têm como objetivo bombear o material coletado nas redes implantadas na Avenida Brasil através das regiões mais íngremes da cidade. A unidade do Centro, próxima ao Viaduto Augusto Franco, conduz o material que antes era despejado nos nossos cursos-d`água até a Avenida Francisco Valadares, de onde segue até a elevatória de Vila Ideal, a maior unidade dentre as cinco previstas, para então chegar à ETE União-Indústria.

 

Trabalho técnico-social

Além das obras, o programa de despoluição do Rio Paraibuna prevê um trabalho técnico social junto às instituições e comunidades de Juiz de Fora, com o objetivo de levar informação, colher sugestões e esclarecer dúvidas sobre o projeto. Esse trabalho vem sendo realizado desde 2015. O trabalho técnico social envolve:

• Seminários nas regiões administrativas da cidade;

• Divulgação online através de site da Cesama;

• Panfletagens;

• Propagandas de rádio, TV e jornal;

• Salas de esperas;

• Oficinas de educação ambiental;

• Estande itinerante com atividades educativas;

• Concursos culturais;

• Gestão e acompanhamento social da intervenção.

Outro objetivo deste trabalho, é alertar a população sobre a sua importância na manutenção das redes de esgoto, através de ações simples como:

• Não lançar águas de chuva/telhados na rede de esgoto;

• Não jogar lixo e outros materiais nas redes e Caixas de Inspeção;

• Fazer a manutenção da sua Caixa de Inspeção;

• Acompanhar e participar dos espaços de controle social da Política de Saneamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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