28/12/2012 Balanço 2012 - Entrevista com o diretor-presidente Cláudio Horta

O engenheiro Cláudio Horta assumiu o comando da Cesama no final de 2011, dando continuidade aos projetos em andamento e implantando a cultura do planejamento estratégico na empresa. Com o objetivo de buscar a excelência na gestão, definiu indicadores comerciais, de performance e de índices de qualidade, entre outros, e estabeleceu planos de ação para alcançar melhores resultados. “Tudo o que nós planejamos está sendo realizado. Estou feliz com o que construímos e, principalmente, por alguns talentos da Cesama terem se destacado. E esses talentos vão continuar influenciando de forma positiva a vida da empresa”, destaca.

O senhor assumiu a Cesama em outubro de 2011. O que foi passado sobre a situação da empresa nesta época e quais eram as prioridades?

Nesta época, a expectativa do prefeito Custódio Mattos era tornar a Cesama mais competitiva, mais próxima à comunidade, principalmente para atender as regiões mais carentes. Durante a nossa conversa, vimos que seria possível fortalecer a Cesama para, no futuro, ter condições de abrir capital. Essa é uma empresa extraordinária, que tem potencial muito grande e condições para colocar ações na bolsa, sem perder o comando, evidentemente. Quando assumi a companhia, estava bem claro que a Cesama tinha uma boa gestão, uma administração séria, em busca de melhores resultados, mas enxerguei o desafio de transformá-la. Pena que foi por pouco tempo, mas o meu sonho é ver a Cesama transformada em uma empresa classe A. Potencial, com certeza, ela tem.

Em pouco mais de um ano à frente da presidência da Cesama, o que o senhor destaca na sua gestão?

Destaco duas questões. Primeiro, a quebra de paradigmas, com a implantação da participação nos resultados. Uma empresa pública, municipal, com os funcionários tendo a chance de participar dos lucros, é algo extremamente importante, porque traz o empregado para a busca de melhores resultados. A outra questão foi a possibilidade de construir o Planejamento Estratégico. Tanto foi bem construído que já está caminhando, e muito bem! Um bom exemplo foi a última reunião de análise crítica que tivemos, quando vimos, claramente, que a empresa deu um salto.

Quais obras e projetos importantes foram viabilizados nestes quatro anos?

Vários projetos foram entregues às comunidades neste período, como os novos sistemas de abastecimento dos bairros Santos Dumont, Igrejinha, Caeté e Jardim das Pedras Preciosas. Durante esses quatro anos foram implantados mais de 49 mil metros de novas redes de água, além de 27 mil metros de esgoto. Com as frentes de substituição de redes, chegamos a quase 50 mil metros de tubulações trocadas. Há, ainda, as grandes obras em andamento, como a implantação da Adutora de Chapéu d Uvas e a expansão da Estação de Tratamento de Água Walfrido Machado Mendonça (ETA CDI), os investimentos programados para a Cidade Alta, com a Adutora de São Pedro e o booster, e, claro, o projeto de tratamento do esgoto lançado no Rio Paraibuna. Mais importante que os projetos realizados foram os projetos viabilizados, que estão sendo iniciados agora e seguirão pelos próximos três anos. Depois de 2015, Juiz de Fora vai ser outra cidade em função do que foi viabilizado neste mandato do prefeito Custódio Mattos. Aqui, na Cesama, houve conquistas nos quatro anos desta administração.

A adutora de Chapéu d Uvas seria inaugurada ainda este ano. Por que houve atraso?

A razão principal foi a falta de entendimento acerca do contrato. A Cesama e a Construtora Saenge tinham opiniões divergentes na questão de reajustes de valores. A nossa Procuradoria Jurídica tinha uma visão do que estava escrito no contrato e a Assessoria Jurídica da construtora tinha outra, e, por isso, a obra ficou parada, para se buscar uma solução. Houve agora um distrato amigável entre as duas partes, que já foi assinado pela Saenge, e, com esse distrato, a Cesama tem condições de fazer uma nova licitação e concluir a obra da adutora, juntamente com a expansão da ETA CDI. A previsão é de que até junho do próximo ano esteja tudo concluído.

Uma questão relevante e constantemente colocada em pauta é o tratamento do esgoto lançado no Rio Paraibuna. Como o senhor vê esta perspectiva para a cidade de Juiz de Fora?

Na verdade, o saneamento da cidade sempre foi um desafio. Está sendo dado agora um passo importante com esse primeiro projeto, onde já estão assegurados R$ 70 milhões para o tratamento do esgoto lançado no Rio Paraibuna, com a construção da ETE União Indústria, em Granjas Bethel. Além disso, técnicos da Cesama estiveram em Brasília, no final de novembro, para apresentar os projetos que complementarão as obras do Sistema União Indústria e Barbosa Lage, bem como darão origem à construção do Subsistema Santa Luzia/Ipiranga, com a instalação de uma estação de tratamento naquela região. Os investimentos serão da ordem de R$ 65 milhões, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, a fundo perdido. O pessoal da Cesama fez um ótimo trabalho, com o apoio da Agenda JF e da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (SPDE). O projeto teve ótima receptividade e, com certeza, vai ser aprovado pelo Ministério das Cidades. Em 2015 teremos cerca de 95% do esgoto tratado, e Juiz de Fora será uma cidade ímpar no Brasil. E isso é muito bom. A primeira fase está bem equacionada e essa segunda fase é melhor ainda, porque é a fundo perdido, então não vai comprometer os resultados financeiros da Cesama e da Prefeitura.

Por: Thaís de Oliveira

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Cesama pelo telefone 3239-1255.

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