A Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) realizou, na última sexta-feira, 18, na sede do executivo municipal, uma coletiva para a imprensa e representantes de entidades vinculadas ao setor de saneamento, para nivelar informações, esclarecer a posição da cidade no Ranking do Saneamento 2025, elaborado pelo Instituto Trata Brasil, além de apresentar os importantes avanços visando à despoluição do Rio Paraibuna.

Conduzido pelo diretor-presidente, Lincoln Santos Lima, acompanhado pelo diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral, o encontro destacou o levantamento recente do instituto, que utiliza dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), atualmente denominado SINISA. “Esses números são referentes ao ano de 2023, ou seja, há uma defasagem de dois anos entre os dados analisados e a situação atual de Juiz de Fora”, explicou Lincoln.

De acordo com o diretor-presidente, outra ponderação, em relação aos dados apresentados pelo Trata Brasil, diz respeito ao volume total de esgoto utilizado como base para cálculo. “O SINISA utiliza duas formas, como base de cálculo: uma que considera que 100% da água produzida volta para a rede de esgoto, e outra, que é consenso entre outras companhias, projetistas e estudiosos da área, que esse índice deveria ser de 80%, que é o volume de esgoto potencialmente tratável”. O diretor Marcelo Amaral completa: “O Trata Brasil utiliza somente o primeiro parâmetro, dos 100%, o que pode gerar uma discrepância em relação aos dados divulgados.” 

Outra consideração é em relação à proporção frente ao volume coletado.  “Isso pode levar a distorções na comparação entre municípios”, explicou Lincoln. “Temos exemplos que aparecem à frente de Juiz de Fora no ranking, mesmo com níveis de coleta e afastamento de esgoto inferiores aos nossos porque apresentaram, em 2023, um percentual de tratamento maior. Enquanto isso, nossa cidade praticamente universalizou a coleta e o afastamento, mas ainda aparece abaixo por conta dessa consideração entre os dados.”

Segundo Lincoln, todos os dados apresentados pela Cesama são precisos e auditáveis. “Não há erro nos números. O que há são atualizações. E os dados da Cesama são todos confiáveis e atualizados constantemente.” Como exemplo, ele destaca o monitoramento constante, feito ao longo de todo o dia. “A cada minuto, sabemos o que está sendo tratado em Juiz de Fora, estação por estação. Se há alguma alteração, identificamos, rapidamente, se o problema pode estar em elevatória, em um coletor ou um interceptor, por exemplo, dando eficiência na solução.”

O presidente também ressaltou que, apesar de os índices considerados nos rankings levarem em conta a média anual de tratamento, o monitoramento constante mostra como a Cesama, em diversos pontos do dia, atinge índices que ultrapassam os 40% de esgoto tratado, esclarecendo os números mais altos, conforme é divulgado, diariamente, às 10h, no site da Cesama. 

E a tendência, segundo o diretor-presidente, é que o aumento desses números seja ainda mais visível nos próximos anos. “O nível de investimento que Juiz de Fora está fazendo no tratamento de esgoto nunca foi visto antes. Estamos dando um salto enorme. Com isso, vamos chegar, até 2028, às primeiras posições nos rankings estaduais e nacionais.” Ele completa. “É um projeto sólido e que já está em curso, com obras e intervenções importantes em diferentes bacias, como Tapera, São Pedro e Rio Paraibuna.”

Por fim, a Cesama reforçou que a evolução nos índices será refletida de forma mais precisa nos próximos rankings do Instituto Trata Brasil, acompanhando os investimentos e as melhorias estruturais que vêm sendo implementadas. 

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