28/11/2023 Cesama e Instituto Epros visitam escola em projeto de reciclagem de óleos comestíveis
A Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) e o Instituto Epros iniciam, nesta quarta-feira, 29, a primeira ação prática em conjunto visando à conscientização sobre a importância da reciclagem de óleos comestíveis. Em consonância com a Política Socioambiental da companhia, a parceria acontece às 11h30, tendo como pontapé a Escola Municipal Professor Augusto Gotardelo, no bairro Caiçaras. Trata-se de um convênio firmado entre as duas instituições com o objetivo de atingir a meta de 300 ecopontos instalados pela cidade, em escolas, associações, institutos e estabelecimentos, como mercearias, padarias e revendas de gás, para coleta de óleo usado.
“O projeto possui relevância em função da aderência entre os impactos ambientais positivos provocados pela reciclagem do óleo no trabalho da Cesama de manutenção e preservação das redes de esgoto e dos recursos hídricos”, explica Patrícia Groppo, coordenadora do Grupo de Responsabilidade Socioambiental da companhia. Dados globais, conforme completa a presidente do Instituto, Flávia David, embasam a importância da presença da companhia na iniciativa. “Descartado de forma incorreta, um único litro de óleo polui 25 mil litros de água, eleva em R$0,25 o gasto público com tubulações, além de aumentar a proliferação de ratos e baratas e muitos outros agravantes”, conta.
Nesse sentido, ela explica que o projeto consiste na mobilização para a ampliação de postos de coleta, com benefícios reais para todos os envolvidos na causa. “Para cada litro de óleo arrecadado, o estabelecimento vai receber um valor por ele”. Esse retorno financeiro, ela completa, poderá ser utilizado como forma de economia e estímulo à população. “Em uma revenda de gás, se você levar dois litros de óleo, por exemplo, o estabelecimento pode garantir um desconto na compra do botijão”.
No caso de associações e escolas, como o que será feito na instituição do Caiçaras, o dinheiro arrecadado poderá ser usado, por exemplo, em novos projetos. “É uma logística reversa do óleo, promovendo uma grande mobilização e conscientização”, explica Flávia. E ela destaca os pormenores que envolvem esse trabalho. “Você nunca trabalha o meio ambiente de forma isolada. Não é só montar um ponto de coleta, mas passamos de sala em sala, conversando com os alunos, distribuindo materiais informativos, encartes atrativos, montamos uma tenda para as mobilizações e seguimos junto à escola para a realização de outros projetos com o mesmo objetivo.”
Nesse destino ambientalmente responsável dado ao óleo usado, a iniciativa permite muitos outros ganhos. É que, além de responsável pela coleta, o trabalho do Epros inclui o beneficiamento do material, transformando em energia limpa, o biodiesel. “Com isso, reduzimos a emissão de CO2, uma vez que o biodiesel é responsável por muito menos liberação desse gás para a atmosfera, ao contrário do metano, muito mais poluente, resultante do óleo de cozinha”. A contrapartida de todo esse trabalho, segundo Flávia, é certeira. “Quanto mais educação a gente leva, mais mobilização, mais alcance e menos degradação”.