18/02/2016 Cesama recebe palestra da Secretaria de Saúde da PJF e intensifica trabalhos de combate à dengue
“A Cesama (Companhia de Saneamento Municipal) está atenta à epidemia de dengue que assola o país, e agora irá se mobilizar na criação de uma equipe para vistoriar suas unidades, com o apoio dos técnicos da Secretaria de Saúde” (SS), informou o diretor-presidente da companhia, André Borges de Souza, abrindo a palestra, que teve a participação de 30 funcionários da empresa, na manhã desta quinta-feira, 18, ministrada por quatro representantes da equipe de endemias da Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).
Segundo o diretor, a intenção é fiscalizar as diversas instalações da Cesama, entre reservatórios, elevatórias e estações de tratamento, eliminando possíveis focos de proliferação do inseto, como tambores, calhas e tubos: “Vale lembrar que, além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é responsável por mais 150 doenças, atuando como vetor das febres amarela e chicungunya e do vírus zika, males que têm deixado gestantes em alerta e que podem trazer graves consequências para a saúde das futuras gerações. Por isso, queremos difundir na companhia uma cultura da prevenção, transformando nossos empregados em agentes multiplicadores, que irão levar essas iniciativas para suas casas”.
O agente de endemias da SS, João Cláudio Dias da Silva, destacou que, nos últimos anos, o Aedes aegypti vem sofrendo mutações, o que o tornou ainda mais resistente e deu início a um surto da doença no Brasil: “Em dezembro de 2015 registramos 280 casos em Juiz de Fora. Somente este ano, até o momento, já contabilizamos cerca de 1.650 novas ocorrências prováveis. Em 2010, quando a epidemia na cidade era três vezes menor, chegamos a ter 17 casos de óbito. Trata-se de um fenômeno preocupante, e que já está se espalhando por vários continentes, motivado, também por eventos como a última Copa do Mundo”.
João Cláudio explicou ainda que o ciclo de vida do mosquito varia entre 30 e 45 dias e que uma fêmea da espécie põe, em média, 1.500 ovos, podendo picar até 30 pessoas em um único dia: “Antes da picada, o inseto inocula um anestésico na pele da vítima, o que dificulta sua percepção. O Aedes aegypti também tem preferência por lugares altos, úmidos e escuros. Por isso, orientamos a população para evitar cobrir materiais com lona, que cria um ambiente propício para o vetor”.
Para a agente Lívia Passarella, as soluções para o combate à dengue, embora simples, passam por uma questão sociocultural, uma vez que 80% dos casos da doença são domésticos: “As pessoas precisam se conscientizar dos perigos do acúmulo de lixo e água parada em sua casa. Gestos básicos, como verificar a parte de trás da geladeira, limpar a caixa d`água e vedar os ralos do seu imóvel com telas, podem fazer a diferença na sua vida e na de seus vizinhos”, orientou, lembrando ainda que o uso de produtos químicos, como o larvicida, só deve ser realizado como último recurso e com um apoio de um profissional especializado.
* Informações com a Assessoria de Comunicação da Cesama pelo telefone 3692-9179.