Diretores e engenheiros das áreas técnicas da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) participaram nesta quarta-feira, 28, da primeira reunião da consultoria de implantação da tecnologia Building Information Modeling (BIM) para saneamento. Essa primeira etapa deve levar cerca de um ano até a operacionalização final do sistema, que é utilizado em projetos de engenharia, automatizando e potencializando entregas, por meio de soluções mais inteligentes. 

“A adoção do BIM coloca a Cesama em um patamar de destaque em relação ao gerenciamento de projetos de engenharia nos serviços de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto”, explicou o diretor-presidente da empresa, Júlio César Teixeira. Um investimento que, segundo ele, representa ganhos em assertividade, qualidade e redução de custos.

Como aplicação prática está a modernização na forma de cadastro utilizado pela Cesama no gerenciamento dos projetos. “Com o BIM, tudo será transformado em um arquivo único, contendo todas as fases até o final da obra”, afirmou o chefe do Departamento de Projetos (Depo), Ricardo Stahlschmidt. E ele completa que, qualquer mudança no andamento de uma obra, como uma tubulação por exemplo, estará documentado. “O BIM promove uma integração de todos os processos, gerando no final um histórico único”.

Além da aplicação prática, utilizar a tecnologia BIM tem também aplicações legais. “Ela hoje está presente na legislação, sendo priorizada na lei das licitações”, considerou Ricardo. É também, segundo ele, uma tendência em outras frentes. “Além de contribuir em colocar a Cesama atualizada, dentro do conceito 4.0, o mercado hoje está utilizando BIM. Ou seja, cada vez mais, essa linguagem será exigida”.

Representante da FF Solutions, empresa contratada para a implantação do BIM na Cesama, o engenheiro Marcus Cardozo reforça os ganhos para a companhia e, consequentemente, para os usuários. “É um impacto muito grande em produtividade e, também, na melhoria de projetos. Isso beneficia todo o ecossistema, inclusive a sociedade, com projetos mais sustentáveis”. Ele exemplifica. “Por meio de um mapa, consigo desligar uma válvula e verificar os prejuízos, como a população que será impactada sem água”, concluiu.


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